O quê? Evento do instrumento do bandoneon, 11ª edição, na Sociedade Onze União, no bairro Patrimônio, Município de Massaranduba (SC).
O que aconteceu? Diversas apresentações de palco, através da participação dos músicos profissionais e simpatizantes da cultura germânica, regado por ricos acordes musicais, que atravessaram os tempos. Atualmente, o legado cultural faz parte da tradição do povo teuto-massarandubense e brasileiro.
Assim, em mais uma edição, o evento da Sociedade Onze União consagrou-se e revelou o potencial agregador de inúmeros músicos pela defesa do patrimônio imaterial das músicas folclóricas germânicas, que são transmitidas de geração em geração.
Entende-se por “património cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e competências – bem como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, grupos e, eventualmente, indivíduos reconhecem como fazendo parte do seu património cultural. Este património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio envolvente, da sua interacção com a natureza e da sua história, e confere-lhes um sentido de identidade e de continuidade, contribuindo assim para promover o respeito da diversidade cultural e a criatividade humana.” (Artigo 2.º: Definições)
Atualmente, no mundo e no Brasil segue-se o conceito do evento de Paris – Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural e Imaterial - de outubro 2003, que resumiu em um amplo parágrafo, o seguinte entendimento:
Esse grupo social e étnico trouxe os seus valores simbólicos, como por exemplo, a musicalidade folclórica e germânica. Esse Patrimônio Cultural e Imaterial foi recriado nos núcleos de assentamentos pelos grupos sociais, através do seu instrumento do bandoneon, incialmente, nos eventos de celebração religiosa e festas de igrejas (kirchefest), ligadas ao movimento do protestantismo.
Contextualizando, o evento do bandoneon, com o conceito advindo do evento de Paris, o mesmo tem importância na promoção da identidade cultural da cidade de Massaranduba, cujo município no final do século XIX foi palco da presença da colonização germânica.
Aos organizadores, os senhores Alcides Manke, Alfonso Rohweder e o quadro da diretoria, da Sociedade Onze União, registramos os cumprimentos pela organização, que resultou na presença de um público record, inclusive do Poder Público, o prefeito do Município, Sesar Tassi e o vice-prefeito Valdir Zapellini, vereadores e funcionários comissionados compareceram para prestigiar a festa com o rosto do povo massarandubense.
Passado mais de um século de colonização no Hemisfério Sul austral, o bandoneon afinado ganhou novas finalidades, como de organização de eventos para promover a diversidade cultural regada a criatividade da nova geração, que apropriou-se de uma herança cultural dos antepassados, que atualmente colabora na formação intelectual e socialização do jovens e adultos, enriquecendo de elementos de brasilidades, a cultura local e regional, em território catarinense.
No palco, Wilherme Franke, morador e músico de Schroeder (SC).Ademir Pfiffer - Historiador
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